terça-feira, 24 de março de 2009

Em nome do sucessor




Apenas herdar um sobrenome não garante o sucesso das empresas familiares, das quais a presença feminina na condução dos negócios tem sido mais freqüente De pai para filhos, netos, bisnetos. Um patrimônio, criado para se perpetuar na história de
uma família, retrata a trajetória de grandes nomes da economia brasileira, desde a
migração de europeus, asiáticos e libaneses, uma mescla de povos que saíram dos naviosaté o território do País, investindo os seus esforços em negócios a partir de suas raízes.

Assim é o Brasil: um País construído sob os alicerces do empreendedorismo de pessoas que convivem o tempo inteiro e respiram em todos os momentos as estratégias corporativas.

Contudo, definir o sucessor e como conduzir o negócio a partir da sua consolidação é umdos maiores desafios dos donos de companhias familiares. O fundador, preocupado com a passagem de bastão, deve avaliar o perfil de sua prole. O elemento comportamental dos parentes é de extrema relevância, principalmente filhos e filhas, alvo natural para ocupar a cadeira da presidência após a morte ou na aposentadoria do empreendedor.

Costumeiramente, após o falecimento do dono da empresa, a administração passa a ser gerida pela esposa, que é obrigada a assumir o gerenciamento dos negócios devido à falta de quem o faça, quer seja pela juventude dos filhos, pela inexistência deles ou porque os mesmos seguiram outras carreiras.

Os impasses em uma administração emocional, bastante corriqueiros, podem desencadear a falência de muitos empreendimentos e azedar os encontros festivos com os familiares.

Os problemas mais comuns em uma administração familiar (veja quadro) normalmente
relacionam-se à origem da empreitada, como foi criada, sob quais alicerces; a segunda e a terceira gerações são marcadas por disputas de interesses; o fundador quer que os filhos sigam uma profissão e trabalhem para ele com o intuito de prepará-los para a troca de cadeira.

Marte e Vênus na administração

Enquanto os homens possuem margem menor para a tomada de decisões independentes em relação ao desejo paterno, as mulheres são educadas para se afastarem da influência dos negócios ou, ainda, direcionam as suas vidas para as áreas corporativas de difícil resultado. "As mulheres costumam contar com um grau maior de liberdade para realizarem o que quiserem. Há mais tempo para a concretização de sonhos pessoais e até mesmo para iniciativas empresariais próprias sem a pressão enfrentada pelos homens. Assim, elas têm maior facilidade para enfrentar os desafios do empreendedorismo", avalia Sandra Regina da Luz Inácio, Coordenadora do Grupo de Excelência de Empresas Familiares do CRA-SP.


A flexibilidade de carga horária, no caso das mulheres, é trocada pela disponibilidade e pelo envolvimento total com assuntos relacionados ao negócio. Ainda que a harmonia entre a vida pessoal e profissional não tenha sido o motivador principal de entrada na empresa, isto representa um grande benefício à herdeira.

"As mulheres continuam a desempenhar papéis como o trabalho de casa, independentemente de status, de suas horas trabalhadas ou remuneração. Por isso, este tem sido um fator valorizado por elas, que flexibilizam o tempo entre os seus afazeres profissionais e pessoais", observa Sandra Regina.

Pulo do gato

Naturalmente, as organizações familiares tendem a deixar que novos profissionais assumam a direção, eliminando ou reduzindo a participação de seus parentes. Preocupados com as próximas gerações e com a perpetuação da mesma pelo seu fundador, os líderes buscam pessoas de mercado para continuar o negócio. Caso contrário, incorrerão em alguns riscos que poderão levá-las à falência.

"Sem o apoio do governo no incentivo às pequenas e médias empresas, avalio que o único meio para alcançar o sucesso das empresas familiares seja a profissionalização através da criação de um conselho administrativo, fundamentado em regras de governança corporativa. Assim, as chances de crescimento são maiores e a credibilidade e imagem da organização melhoram muito em toda a sua cadeia de relacionamento", observa Sandra Regina.

Portanto, essas práticas podem ser atingidas por meio da troca de informações entre os gestores com companhias consolidadas no mercado, contratação de uma consultoria especializada ou até de um coaching, capaz de orientar os presidentes dessas empresas. Na Santa Cruz Fomento Comercial, o acompanhamento de uma consultoria tornou osprocessos mais transparentes e a administração profissionalizada impulsionou não só os negócios como também a vida pessoal de sua gestora, Maria Patrícia Fráguas.

"Durante o Congresso de Empresas Familiares, realizado em outubro de 2008, percebi que o meu problema era o mesmo de outros donos de companhias pequenas, médias ou grandes: a sucessão", lembra Maria Patrícia. Segundo ela, este é o maior temor dos fundadores e familiares das empresas. Para ela, filha do empresário que iniciou a Santa Cruz Fomento Comercial, a grande dúvida era quando e como se daria a profissionalização do patrimônio para valorizar o legado conquistado. "A contratação de uma consultoria fez com que enxergasse potenciais antes não explorados, aumentando a minha confiança na administração profissional e pessoal", reflete.






Créditos: conselho regional de administração (CRA)

quinta-feira, 19 de março de 2009

Como Acertar a Mão no Negócio Familiar?

Vida longa às empresas Familiares, é o que prega o professor Joseph Bower, 70 anos, da Harvard Business School. Especializado em liderança, sucessão e estratégia corporativa, ele aterrisa em São Paulo no mês de maio para mostrar como é possível vencer os desafios nos negóciso conduzidos por parentes.

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