Levantamento feito pelo Núcleo de Estudos de Empresas Familiares da ESPM (Escola Superiorde Propaganda e Marketing) indica que 30% das companhias fechadas sobrevivem à transmissão de comando da primeira para a segunda geração. Entre elas, só 10% das empresas familiares resistem à passagem para a terceira quando a sucessão não é planejada.
"Os conflitos entre herdeiros são os principais motivos para a queda das empresas', afirma Eduardo Najjar, coordenador do núcleo. Um exemplo e da família do senador Antônio Carlos Magalhães, proprietário da Rede Bahia de rádio e televisão, morto em julho de 2007. O espólio, que incluía o patrimônio pessoal, colocou em lados opostos a filha e o restante da família.
Há casos em que a disputa interna entre os familiares é tão acirrada que a última alternativa é a justiça. Esses processos, invariavelmente, são longos e de desfecho imprevisível. Os custos podem inclusive corroer o capital familiar. As desavenças desviam o foco dos negócios e, como essas companhias têm gestão familiar, seu desempenho também e afetado. Há casos em que a participação de mercado sofreu redução de 10% num prazo de apenas três anos.
Existem ainda casos em que, depois de passar o comando da companhia a um executivo recrutado no mercado, os herdeiros retomam a direção. Foi o que aconteceu no ano passado com a fabricante de bebidas Schincariol e com a construtora WTorre e, mais recentemente, com o grupo Bertin.
Fonte: Folha de S. Paulo, São Paulo, 11 jan. 2009, dinheiro, p. B6.
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